segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

elogio dos golfinhos



gosto de jogar aquele jogo em que cada pessoa tem de dizer que animal seria se fosse animal, e que fruta seria, se fosse fruta, e por aí adiante. para os curiosos, acerca das romãs, eu não seria romã, mas acho que seria feliz com uma mulher que fosse romã...

pois também não seria golfinho, se fosse animal. seria lobo, gosto da capacidade
que tem de viver isolados e também da estrutura social das alcateias. são um primo por civilizar dos cães, e há uns maus e outros bons, uns que comem avozinhas e outros que preferem porquinhos. a minha versão favorita do capucho vermelho (até um pick-nick recente com o capuchinho verde...) era de um livro de bd do luís louro, em que o capucho e o lobo são amantes, e fazem aquilo em formato fetiche, uma pérola.

mas
o golfinho é o animal favorito do meu filhote. vamos ao zoo de lisboa duas vezes por ano, e de cada uma delas assistimos aos dois espectáculos diários na baía dos golfinhos. na última delas, ele andou no barquito puxado por um. escolhem dois petizes, enfiam-nos dentro de um colete/bóia (cada), e espetam com eles dentro de uma casca de noz, com uma corda com uma argola na extremidade, que depois enfiam no focinho de um golfinho, e este puxa os putos numa volta completa ao tanque. o meu andou sozinho, porque as meninas que escolheram para ir com ele tiveram medo. no final ainda têm direito a dar festas e beijitos aos golfinhos todos. aí fui eu que tive medo, porque o gustavo estava tão à vontade com os animais que a tratadora nem lhe prestou atenção, e eu já o via tão entusiasmado que pensei que ia nadar com eles também...

para além de motivos pessoais, admiro também a capacidade que tem de se relacionar entre eles (o que lhes permite defender-se de tubarões, por exemplo) e com seres humanos. são animais inteligentes, curiosos, mamíferos, comunicam por vocalizações, e, li algures, são os únicos animais, para além dos humanos, a fazer sexo por prazer (para dizer verdade, já vi chimpanzés masturbar-se entre si, em troca de cata-piolhos, mas acho que não se pode considerar o mesmo...).

por último, tenho de confessar que a ideia de voltar a ver golfinhos nadar no tejo e no sado, como vi nos açores, representa um sinal de esperança na capacidade de regeneração do planeta (a modos que a natureza a dar uma abada à imbecilidade). nada como o convívio em liberdade...

http://www.youtube.com/watch?v=yjM7Wryo7UY

1 comentário:

  1. De facto, os golfinhos querem-se nos oceanos.
    Tive o privilégio de os ver a saltar em liberdade nas águas dos açores e, por isso, considero que não deveriam viver em cativeiro, confinados a um tanque, ainda que para alegria da pequenada num qualquer jardim zoológico do planeta.
    Sabias que os tubarões não atacam os golfinhos porque, ao contrário destes últimos, que vivem em comunidades numerosas, são animais solitários?

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