quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

riscas e quadrados



coisa incomum, um post começar pela fotografia que o ilustra, mas é o caso deste. normalmente, a fotografia vem depois de acabado, e pode demorar uns segundos a encontrar ou mais tempo que a escrever o texto. neste caso, vi a fotografia num powerpoint, fui procurar, et voilá.

é uma daquelas imagens que vale por mil blá, blá, blá e tal, tão evidente que quando a vi quis escrever isto (que vamos deixar em abstracto, porque também vale em abstracto e não vale a pena concretizar):

cientificamente, uma criança é uma mistura dos códigos genéticos dos pais. na génese real, uma criança é a mistura dos sonhos dos pais (se ambos forem honestos, a criança tem a felicidade de saber que nasceu porque os pais se amavam, o que devia ser um dos direitos das crianças, no qual não me alongo porque ia desaguar no aborto). culturalmente, uma criança (enquanto criança, e num processo de crescimento por libertação e por auto-determinação) é o que os educadores (com os pais em destaque) lhe proporcionam (depois, algures entre a adolescência e a idade adulta, já é principalmente responsabilidade sua, qualquer tenha sido a sua educação).

a fotografia ilustra isso, de modo simples: é um novo ser (nunca o prolongamento dos pais), enriquecido por soma. retirar-lhe qualquer uma destas duas condições (de novo ser e de ser enriquecido), é estúpido, menor e infeliz.

Sem comentários:

Enviar um comentário