segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

colegas e amigos



há vários anos atrás, estava eu recém chegado da capital (bem, não era bem recém chegado, estava cá há coisa de ano ou dois), e tive uma discussão (mais um debate) com um amigo (no sentido menos rico da expressão) acerca da vantagem de contratar amigos.

defendia ele que é complicado, susceptível de criar atritos e estragar a amizade, o que ele ilustrava com "e se ele for uma merda, profissionalmente, como o vais despedir?".

moi, utópico por feitio, que "se não tenho capacidade para ser franco com um amigo, com quem vou ter?".

muitos anos depois, a verdade é que eu tinha a minha razão (ser juiz em causa própria é fácil), mas há uma coisa desagradável, consequência da razão que esse amigo que debateu comigo tinha: custa mais dizer a um amigo que tem de ir, ou que vai ser difícil voltarmos a trabalhar juntos, do que a um "estranho".

claro que a pouca razão dele se dilui no facto de, na maioria dos casos, relações de trabalho gerarem relações de amizade. o meu problema é que a razão minha me custa mais que a dele, porque tenho uns amigos porreiraços.....

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