segunda-feira, 15 de março de 2010

urticárias



tenho um projecto em mãos há meses, em mãos porque não tenho pensado nele. na realidade, a vontade de o fazer era quase nenhuma, porque é uma daquelas estopadas que nos aparecem vindas de alguém que respeitamos e não queremos recusar. na altura, fiz uma proposta de honorários alta e tive azar, porque o cliente aceitou.

lá está, azar, porque foi bem jogado.

aceite o trabalho, aquilo tinha uma solução de cartola (à la coelho), que usava uma cajadada para resolver duas burocracias (coelhos), não vale a pena elaborar. seja como for, o cidadão resolveu a burocracia com a minha cartola e passámos à fase de fazer o projecto. glup.

problemita é que, mais que o projecto ser chato (remodelação e ampliação de uma casa feia, mais um anexo industrial, coisa de cebola (fazer chorar), o próprio cidadão me desagrada. é das coisas piores, provavelmente a pior, que pode acontecer, eu não encaixar com o cliente (e há cada encaixe mais impossível, jasussanhor).

resumo, ando a adiar pegar nisto há semanas, mas hoje teve de ser, porque quando um fulano se compromete, é bom que cumpra, e com qualidade.

deve ser fase, minha ou da lua (o sol não as tem), mas peguei naquilo com o asco esperado, e depois de umas horas e rascunhos, estou feliz: dá-se o caso de aquilo ser um mono, mas agora ter pés para andar. acho que nunca vou gostar do fulano, mas já gosto de como vai (poderá vir a) ser a casa dele. not bad, for a day's work.

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