terça-feira, 16 de março de 2010

the piano's been dinking, not me



eu gostava de ter um piano em casa, um que fosse tocado.

talvez o gustavo aprenda, talvez eu tenha mais filhos. cá em casa há muito movimento, talvez outra pessoa qualquer que entre saiba tocar. por estes dias toca-se cá guitarra (ou viola....), não é o mesmo, mas é melhor que nada, excepto quando faz falta silêncio, e é pior que quase tudo.

gosto do objecto pelas proporções, acho, pelas formas, também.

se houvesse um cá em casa, gostava de o ouvir ser tocado como toca laginha ou tocavam harpo e chico. também não me importava se fosse como tocou scatcat, ou acompanhando uma voz franca. seria obsceno pedir monk, mas que se lixe, monk soa bem na acústica cá de casa, e seria sublime.

antigamente, quando o prédio foi construído, ainda se faziam soirés musicais (não cá, seguro). e agora ando com ideia de, se algum dia tiver em casa um piano que seja tocado, fazer uma soiré dessas. faço umas tartes, bebe-se limonada ou porto, vodka ou ginger ale, gente espalhada pelo chão, nas almofadas, nos sofás, nas redes, encostada a ombreiras envernizadas ou a um encanto recente e confortável, vão estar velas acesas e luar cheio.

raios, apetece-me mesmo....

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