quinta-feira, 3 de junho de 2010

surreal(ismo)



pode-se viver num mundo surreal. acho mesmo que é impossível viver na realidade dura e crua, sem lhe (tentar) acrescentar uma quantidade generosa de fantasia.

certo que utilizamos a lógica para perceber o mundo, que racionalizamos as sensações que sentimos, mas é a componente de fantasia que adoptamos que qualifica o mundo em que cada um escolhe mover-se.

exemplo rico é o imaginário infantil: puro, sem deturpações próprias das dores de crescimento, sem limitações racionais por elas impostas, apenas se cinge a absorver o mundo e a pessoaliza-lo, pela imaginação.

há adultos que, por dificuldades de crescimento, capacidade de crescer sem limites bacocos, asco tal à realidade que necessitam de a deturpar para a suportar, patologia, ou outro qualquer motivo, vivem de modo surrealista. uns são felizes, outros nada. mas costumam ser pessoas mais atraentes, que despertam mais curiosidade que o comum dos mortais.

está em coimbra, na casa bissaya barreto e no convento de sant'ana (quartel ao lado, espaço muito atraente, ainda mais por ser um espaço militar com utilização civil (mais que civil, artística)) uma exposição de surrealistas do século XXI, coisa a valer bem a pena.

p. s.- só não levem os putos, porque há peças mesmo muito impressionantes..... eles percebem, se lhes explicarem.......

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