segunda-feira, 21 de setembro de 2009

porque escrevo como escrevo



back.

tive alguns comentários ao que escrevo, não pelo conteúdo (o que é mais frequente), mas pela forma (o que não é virgem, mas não ocorria há vários meses e ocorreu em moldes diversos do que tinha acontecido), que me trazem a este assunto.

é verdade que alguns comentários não me despertam muita atenção, um sorriso se estou bem disposto, uma partilha de piadas com o meu irmão (ele lê alguns comentários que me fazem e, no que resulta equilibrado, envia-me uns mail's basto divertidos também) e segue a atenção para outro lado.

mas acontece que há coisa de umas semanas também fizeram um comentário (esse directo, sem origem a piadolas) acerca de outra coisa que escrevo, e a recordação disso, que na altura não valorizei, conjugada com um comentário recente (dos engraçados, tu rigole, toi....), levou-me a re-olhar para o que escrevo, porque escrevo, como escrevo.

comecei isto por interacção com uma amiga que escrevia (ainda escreve. l'éléphant, mademoiselle, l'éléphant) noutro blogue e pelo prazer que essa interacção gerou. breve, usava horas do meu dia nisto (ainda uso, passe o abuso) e calhava serem as horas mais saborosas (estava sem amores, à data....). o que me agradava (e ainda) foi a comunicabilidade do meio, e o modo como o potenciei, porque cheguei realmente a tocar em pessoas, algumas de passagem, outras mais perenes, umas levemente, outras, bem, não.

o que ponho aqui sou eu, raramente penso o que irão pensar do que escrevo (excepto para quem escrevo, muitos dos post's são direccionados (com o que isso tem de bom e mau)). é como se estivesse a dar uma opinião pessoal a alguém, que conhece as condicionantes dessa opinião, e sou ouvido (lido) por outras pessoas, para quem o que escrevo é apreensível apenas de modo genérico (daí tantos apartes e menções a excepções). assim de repente, e por paralelo a algo do fds, equiparo a situação a alguém que faz um monologo, em palco, tendo muitos amigos na plateia.

é mesmo o facto de isto ser isso que me leva a utilizar termos pessoalmente adulterados (mesmo gramaticalmente incorrectos) e um ritmo mais oral que escrito (muitas vezes reparo-me a sorrir ao ouvir mentalmente ler o que escrevi, a sonoridade mental). há uma fonte africana, mia coutos e pepeteladas, mas depois divago como me apetece. aliás, essa fonte não é de modo, é de atitude perante a diversão que existe no (meu, deles) desejo de escrever. acho.

resumo, isto é um desejo (de tocar), uma necessidade (de expressão) e um prazer (de libertação).

para quem gosta (e para quem não, mas vem na mesma), portas reabertas, é aqui que estou, de agora para diante.

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