segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

sexo animal



à laia de introdução, deixo a minha definição de sexo: forma de contacto sensorial privilegiada entre dois, ou mais, seres.

hoje venho relatar uma história que presenciei, e que aconteceu há alguns anos atrás, em sintra.

local fascinante, em frente à adega de colares, ao lado dos carris do eléctrico, à sombra dos plátanos (quem conhece o local corrija, se não forem plátanos...), dois gatos, sexo felino.

(1º parêntesis, digo dois gatos, mas, para precisar, seria um gato e uma gata, há regras na língua portuguesa que são machistas...)

não abro parêntesis para explicar o sexo felino, já se percebeu.

pois estavam eles encantados, e apareço eu, que fiquei a olhar (verdade, tenho uma costela de voyeur... nada de grave, não me descontrolo).

durante algum tempo, nenhum dos dois se pareceu importar.

(2º parêntesis, tenho agora a firme convicção que a gata nem teve direito a importar-se, parece que o papel dela naquilo é comer e ronronar. os animais também são machistas.)

mas a partir de certa altura, terá o bichano achado que eu estava a abusar, eu que fosse era ver as meninas ao cantinho da várzea, e...

agarra a gata pelo pescoço!!!! e, sem nunca interromper a função!!!! leva-a dali para fora!

isto é verídico, aqueles de vocês que nunca assistiram a tal demonstração, aconselho vivamente...

(3º parêntesis, imagino se será semelhante com leões? que poder...)

tudo isto para colocar a questão: o sexo animal é machista? e o humano?

bem, não se pergunta à menina (ou menino) se dá licença, há uma boa parte do prazer (mútuo) que assenta numa atitude bestial de contactos, eu pessoalmente não tenho nada contra ordens, palmadas e mordidelas, e muitas vezes a delicadeza fica no quarto ao lado (ainda que muitas outras fique à nossa volta), mas não é uma atitude machista, porque corre nos dois sentidos.

caramba, até quando somos animais conseguimos ser gentis! (pelo menos alguns de nós...)

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