terça-feira, 30 de dezembro de 2008

morrer por amor



hoje acho que tenho alma mexicana, intensa e apaixonada, como speedy gonzales, luis barragan, angelles mastretta, diego rivera, lhasa (cidadã do mundo) ou chavela vargas (natural da costa rica).

também já me "vi" africano, em comunhão com a natureza, via tradições e crenças, na roça com os tachos, como malangatana, pepetela, mandela ou mia couto.

durante um longo período, "fui" definitivamente russo, galante e dramático, como os cossacos, como kandinsky, dostoievski, gogol, tantas personagens dos livros (ah, a karenina e o vronsky) e, acima de todos, como aleksander pushkin.

homem fascinante, admirado e invejado por todos (incluindo o czar), era de tal modo apreciado que se dava ao luxo de ser livre (sim, aqueles que se transcendem nas suas capacidades humanas tornam-se mais livres).

morreu num duelo de espadas em defesa da honra da mulher que amava, natalia goncharova, mãe dos seus quatro filhos, mulher extremamente desejável e abrangentemente desejada (inclusive pelo czar), às mãos de um homem loiro (como lhe tinham previsto), georges d'anthès.

o objectivo do post não é fazer um relato histórico, apenas reparar que um ser fascinante morreu com 37 anos, por questões de amor.

sem levar em consideração a validade da honra de natalia, porque irrelevante para a questão em questão, terá sido a morte do poeta um desperdício?

janis joplin cantou "(...) all you ever got to do, is be a good man, one time, for one woman (...)"

ainda não sei bem onde a minha alma se sente em casa, mas no meu mundo, é assim

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