quarta-feira, 21 de abril de 2010

dinâmicas



a maior diferença entre rotinas e dinâmicas é que estas pressupõem actividade e aquelas passividade. mas há rotinas dinâmicas e dinâmicas rotineiras.

cada um estrutura a vida conforme se sente confortável, eu assimilo-a como um fluxo, semelhante a um rio, onde há partes rápidas e zonas mais serenas, onde é importante saber nadar para evitar correntes e controlarmos o nosso movimento, ao invés de estarmos presos das vontades de correntes (vulgo, destino). já escrevi disto há muito, há tanto que nem recordo o título do post.

do que escrevo hoje é do que pode mudar a dinâmica na vida de cada um.

para inverter determinada dinâmica boa basta desleixe, rotina, não é necessário um acontecimento dramático (ou pseudo-dramático), sendo que este a deteriora mui mais rapidamente.

já para inverter determinada dinâmica ruim é necessário algo de extraordinário (fora do ordinário, incomum, especial): pode ser um trabalho novo, que orgulhe a pessoa por o fazer; um amor que faça a pessoa acreditar que é capaz de tudo que estava a pensar desistir de; um toque de arte (livro, filme, escultura, instalação, casa); um filho a nascer; o constatar repentino de algo tremendamente errado que se estava a fazer (la consciencia llamar); subir a uma balança e reparar na velocidade do ponteiro (parece piada, mas não é).

basicamente, uma de duas situações: reconhecer erros (e isso é realmente extraordinário) ou receber sonhos (que o é ainda mais).

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