quarta-feira, 9 de novembro de 2011

des-escrição do meu engenheiro







de introdução: já escrevi aqui que a má relação entre arquitectos e engenheiros é exagerada e que me dou muito melhor com engenheiros do que me dou com colegas, quase sempre. a acabar a introdução, o meu engenheiro não é propriamente o meu engenheiro, é um dos meus, e nem é só meu, é de outros. mas é meu há mais e melhor tempo.

o meu engenheiro deve ser a única pessoa a quem eu reconheço como mais e melhor idiota do que eu (em ambas, quantidade e qualidade). é um unha de vaca quase sem limites, de arrancar os cabelos ao ver, mas quando chega aos limites, é de uma generosidade deliciosa, como se lhe rebentasse o dique da avareza. é teimoso como uma mula e enerva-se descontrolado, mas ai de quem falar mal da mulher, dos filhos ou dos amigos. abusa no ferro do betão, mas vai à obra, e suja-se com o pessoal, e fala de igual para eles.

mas a característica dele que eu prefiro é indignar-se genuinamente com mesquindades alheias. e não se indigna de "filho da puta!", indigna-se de "está mal, não está?", sentido.

so, here's looking at you, my friend, long due.

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