sábado, 16 de julho de 2011

os gestos do amílcar



uma coisita que andava para fazer ao tempo calhou de se proporcionar, numa daquelas conjugações de factores que nos levam a quase acreditar no destino. quase. uma amiga de um grande amigo veio ter comigo para resolver um problema burocrático, numa loja que a mãe arrendou; a loja é utilizada como centro de aprendizagem de língua gestual; tive de lá ir rectificar um levantamento e o gustavo enamorou-se da ideia de experimentarmos.

e marcámos e fomos.

e digo-vos, caríssimos, é uma experiência digna. comunicar, associado a eliminar fronteiras (suponho que isto é uma redundância), já é nota digna suficiente. mas língua gestual é uma forma diferente de falar o mundo, de uma plasticidade realmente infinita, com regras simples e abertas a representação pessoal, capaz de unir pessoas como nenhuma outra, porque toda a gente gestualiza, e é disso que se trata.

a escrita é rica, e permite uma certa musicalidade; a música e o desenho ainda mais; a palavra falada tende a ser monótona, até se entrar na entoação, nos sotaques. mas a palavra gestualizada, ainda mais quando pelo amílcar (que comunicabilidade! que amplitude! que sorriso!), repito-vos, chega a ser sublime e saímos sublimados.

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