domingo, 26 de setembro de 2010

sorry, stupidity is overrated



acho que já escrevi desta pessoa aqui, é um cliente meu cujo trabalho me foi penoso de fazer, por motivos de estupidez dele: estúpido ter-se colocado na posição que colocou, uma dificuldade tremenda em perceber que se colocou nela e em perceber a solução que eu propus (solução que, para além de ser a única eficaz, tem aroma de genialidade (má), por ver o problema fora das fronteiras do problema).

eu já tinha mudado a opinião acerca dele, e quando fui esta semana entregar-lhe o trabalho, rendi-me de vez.

como me apontaram, o fulano confiou em mim desde o início (mesmo sem perceber a minha razão), deu todos os passos que lhe indiquei (e ficaram-lhe caros), aturou o meu mau humor repetidas vezes e, no final, depois de pagar a horas (coisa mui rara), pediu desculpa (pelo incómodo, por ser chato).

ele passou uma fase má, divórcio, fala demais, não se cala com detalhes básicos, repetidos, inócuos. mas é um homem bom, bom fundo e boa superfície, decente, sincero, franco no modo como se me entregou. e sinto-me culpado, agora, por não ter gostado dele.

uma amiga minha tem na estupidez o pior defeito que pode encontrar em alguém, o menos desculpável, o mais aborrecido. sorry, my friend, stupidity is overrated.

p. s.- outro aspecto que me incomoda no percurso de não ter gostado dele até hoje, em que gosto, é não ter sido eu capaz de fazer esse percurso solo, necessitei de ajuda, de quem me dissesse, como eu disse tantas vezes a tantas pessoas, acerca de tantas pessoas, que ele é um homem decente, e que eu não o estava a ser com ele.

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