formas de amar são tema que me agrada mui, até estranho nunca ter escrito acerca.
ainda pensei em escrever sobre várias maneiras de sentir e expressar amor, mas decidi-me por uma, que me desagrada, mas azarito, parece que não me livro dela (iap, eu sei, mea culpa, mea maxima culpa, eu é que escolhi).
esta maneira que hoje descrevo é uma maneira atrofiante, porque implica entender amor como algo que se pode possuir e logo, perder. pior, entende amor em circuito fechado "se me amas, não amas mais ninguém". em consequência, é redutor ("mais ninguém...").
ora amor é muito diferente. quanto mais se ama, melhor se ama. quanto mais se dá, mais se possui. quanto mais livre se é, mais quer ficar (não conheço ninguém inteligente que queira ficar onde está preso... (eu escrevi inteligente...)).
isto lê ali em cima "portas abertas...", não é por acaso que escolhi essa frase para colocar em cabeçalho. é porque me dou aqui, e a única maneira que concebo de alguém se dar é livremente. abomino gente que tem pássaros em gaiolas, os "meus" vem visitar-nos ao saguão, vivem pelo telhado, nas chaminés, voam sempre felizes.
se animais precisam ser livres para voar, como hão-de seres humanos ser capazes de amar presos, como pode uma alma sã limitar o amor daquele que ama (acima de tudo) a si própria? como pode amor ser acompanhado de medo e não de confiança? como pode ser excluir, em vez de somar, crescer? como se obriga uma alma livre a amar "só e mais ninguém"?
http://www.youtube.com/watch?v=HlN5zJCHNuo&feature=rec-HM-fresh+div
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