quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

norrin radd




assunto sério! este é o post nº 50 (não é que os ande a contar, mas o site numera-os...)!

ora, quero arranjar um assunto especial, mas quero reservar a história das romãs para mais tarde, talvez para o post nº 100. por isso, pus a tocar manu chao, e satisfaço a curiosidade que muita gente me relata (tou no gozo, nem uma alma quis saber. por vezes questiono-me se realmente alguém me lerá...), e explico o "norrin".

começo por dizer que não sou muito dado a heróis (por mais que os impinjam), mas em puto (si, cresci. vá, não se riam...) tinha-os. o primeiro que tive, foi ivanhoe, cavaleiro nobre entre dois amores. acho que ainda não me livrei dele, porrinha (vou derrapar um bom pedaço neste post). depois dele, cresci a admirar heróis nobres, com códigos de honra inquebráveis e amantes da liberdade. outros cavaleiros, corsários (sim, tinham códigos e seguiam-nos), cowboys que entendiam a perspectiva dos índios, o pappilon (deste escrevo breve, comprometo-me).

e desaguei o meu rio de heróis no mar da marvel, que na altura era muito forte. o maior herói deles todos, per me, foi (e é) o surfista prateado (esqueçam o filme com o quarteto fantástico, é uma fantochada, aquela gente profanou um ideal poderoso, deviam ser todos empalados, excepto os que gostassem de o ser...).

norrin radd foi o ser que se transformou no surfista. vivia num planeta distante, chamado zenn-la, hiper evoluído, que se viu atacado pelo galactus, ser cósmico que se alimentava da energia vital de certos planetas (era um pedaço rebuscado, mas estava-se na década de 60/70). norrin meteu-se numa micro nave e foi falar com galactus, tendo-se oferecido para ser seu arauto (idade média de novo), na procura de planetas que o alimentassem, com a condição de zenn-la ser poupado. galactus aceitou, e transformou-o no surfista.

para quem me conhece, herói sem amada não é herói, e vem à baila shalla-bal, uma morena portentosa, uma relação poderosa. pois norrin despediu-se dela, baba e ranho, antes de abandonar o planeta, e foi trabalhar.

making a long story short, o surfista acabou por se rebelar contra galactus para salvar a terra, que salvou, por entender que a raça humana tinha qualidades humanas (já estão a ver de onde me vem a empatia), ao percebe-las em alícia, namorada cega (reparem, percebeu-as em alguém que não via os outros!) do coisa. derrotado, o galactus criou em redor do nosso planeta uma barreira invisível e intransponível para o surfista, aprisionando-o, castigo mais doloroso para um ser que amava a liberdade (a empatia...) do que o empalamento de que falei acima...

falta só referir uma última característica do surfista: uma alma livre. mefisto (iap, o diabo, versão marvel comics),
cruzou-se com ele por um acaso, e sentiu essa característica. decidido a tudo para se apropriar da sua alma (é o diabo), tudo fez para a perverter e subjugar (representava a vitória final, sobre a mais pura das almas), inclusive trazer shalla bal à terra, tendo-lhes permitido tocar-se, por um momento, para lha roubar de novo. azar, a chantagem não resulta com pessoas de convicções fortes.

e ficou ele aprisionado na terra, sem amor, incapaz de entender porque não valorizam os seres humanos todas as coisas boas que estão ao seu alcance, antes se desperdiçando em guerrilhas e mesquindads.

nem derrapei muito. por la carretera...

4 comentários:

  1. Não sei se sabes, mas a marvel já deu cabo do romantismo do teu heroi. Já não é de agora que o surfista ganhou as estrelas.

    Mas continua a errar sozinho (não, não é o Rui), visto que a menina dos seus olhos está na Latvéria, embora com lavagem cerebral, e não saiba quem seja.

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  2. e ainda escrevia eu que a década de 60/70 era rebuscada... complexo é viver hoje em dia, com gente lobotomizada...

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  3. Olá Norrin Radd.
    Parabêns pelo teu blog.
    Parabêns não pela apresentação ou pelo conteúdo, mas pelo facto de o teres criado e por o actualizares todos os dias. Se assim não fosse, não teria, creio eu,a mesma função de purga que têm as borbulhas ou o suor diário.
    Escolhi este teu post para o meu 1ºcomentário, para manifestar a inveja que sinto em relação ao nome que escolheste para o teu surfar virtual.
    Não é a 1ª vez que eu tento escolher esse nome e que acabo sempre na praia a olhar para as ondas sem a prancha na mão.
    Lanço-me nesta aventura sem recurso a qualquer veículo,apenas usando a versão reduzida de mim mesmo - estou a treinar a humildade.
    Passei ao lado da Marvel na minha adolescência. Descobri o Surfista Prateado já eu tinha barba cerrada.
    Para tentar não me alongar muito, ( é a 1ª vez que me sento no sofá da tua sala e não sei se me vais oferecer um Whisky, ou se por outro lado me vais dizer que a mesa não é sítio para pôr os pés)Norrin Radd:
    Energia pura, liberdade,luta,perseverança, velocidade, viagem - no sentido caminheiro da expressão, i.e. o percurso e não o destino).
    Não ter corpo, não habitar -visitar e não permanecer.
    Ser verdadeiramente ilha.
    Viajar nas estrelas, conhecer outros mundos. Ter consciência superior.Entender verdadeiramente a estrutura atómica das coisas. Ser iluminado.
    Ser não nascido.
    Contemplar eternamente a beleza da vida.

    É nesta altura, que provavelmente o teu olhar vagueia à procura de um ponto negro numa parede branca, um buraco negro que te leve a outra realidade, a outras regras, mas com prancha. Como é falta de respeito e eu não me calo, sem saberes bem porquê, o teu olhar pousa no teu relógio de pulso.
    Se quando entrei na tua sala, sorrindo me tivesses convidado a sentar no chão,não pensarias agora em ser Norrin.
    -Fuga-
    Pertencer a outra dimensão. Deixar trás o peso dos dias, das decisões, dos conflitos, dos enganos, das ilusões.
    Conflito interior - Viva o António Variações-
    Indeterminação - " estou bem, onde eu não estou, porque eu só quero ir, onde eu não estou..."
    Stop.
    Se quando voltares de Tábua e o teu cliente não tiver atendido às tuas razões, espero que não apliques o teu contra-tempo na minha pessoa, sob a forma de um valente pontapé no rabo.Como o sofá vai estar vazio à tua chegada, espero que não faças deste texto Tábula Rasa.

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