faço parênteses (vem isto em sequência de comentário ao post anterior: qualquer gajo que me enfiasse o groucho aqui, já era bem vindo, mesmo que não fosse amigo com outros (idênticos) gostos. se há coisa que me dá gosto é receber os amigos em casa, e isto aplica-se a todos, mesmo aos que não comentam a(s) visita(s)).
este é assunto que me toca (nos dias e noites boas, está bom de ver). organizo-me, escrevo de tatuagens.
tem elas duas tremendas virtudes (se lhe quiserem chamar outra coisa, por mim, força. isto é um blogue livre, tanto quanto possível): a 1ª e a 2ª (tinham adivinhado?).
a 1ª, mais terra a terra, água a água, lençol a lençol, é que são brutalmente excitantes. não vou elaborar muito, ou já não escrevo mais nada. mas baila-me na ideia uma tatuagem, interior de coxa, uma fada numa planta, planta que sobe coxa acima, até onde o mundo nasce. tenho uma alma simples, há coisas que se lhe colam (à alma) e nunca mais consigo descolar, porrinha.
a 2ª é muito mais importante. uma tatuagem é uma afirmação, pública ou não (conforme localização), mas poderosíssima, porque é eterna (quem faz tatuagens e depois as quer tirar seria(á) assunto para outro post) e porque implica dor, e dor implica vida (não, masoquismo é outra coisa, aqui trata-se de sentir a vida na sua plena intensidade), no sentido rico da expressão.
quem tatua um amor, leva esse amor para sempre, seja um filho ou um(a) amante. se tiver mais filhos, seguro que também os tatua, mas nem todos o(a)s amantes ficam. a maior parte deles parte, mas é justo que o(a)s que fiquem, o fiquem com dor, e depois orgulho e prazer eterno por o(a)s ter amado. e para quem pensa que trazer o(a)s amantes antigo(a)s estorva o(a)s novo(a)s, aconselho marlene dietrich, "i've been in love before, (haven't you?)".
acerca do impacto social das tatuagens, guardo silêncio, não me pronuncio sobre quem as denigre sem entender, nem sobre quem as entende como decoração (já escrevi antes que sou excelente a desprezar).
p.s.- se a fotografia ainda não estiver colocada, ainda aguardo autorização da proprietária da omoplata. já o vídeo, recupero os irmãos marx, do comentário que originou este elogio.
http://www.youtube.com/watch?v=n4zRe_wvJw8&feature=related
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