terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

elogio do roxo



eu gosto de roxo. é uma das minhas cores favoritas. escrevo isto num escritório roxo, de que
(quase) mais ninguém gosta. é uma cor desvalorizada.

gosta-se do vermelho (sangue, paixão, aahh, paixão), do verde (esperança, relva, aahh, relva), do azul (céu, mar), do amarelo (calor, sol).

depois há uns góticos que gostam de preto (também gosto, mas aquela história do "nunca me comprometo..." lixa-me. porque diabo não me hei-de comprometer, porrinha?). uns santinhos que gostam de branco, gente imaculada
(por fora...). e uns desafirmados, que gostam de cinzentos e castanhos (eu ando (quase) sempre de cinzento, desafirmo a minha presença física, cromaticamente).

para além das variações
(aahh, variações) às cores puras (aahh, pureza), falta escrever do laranja (laranjas, aahh, laranjas) e do rosa (pois, as rosas, que mais? apesar de só algumas serem cor do nome, e as melhores cor de sangue).

fica o roxo.

é cor de amores perfeitos (são todos perfeitos, enquanto são amores) e de bruxas, de mistério, de paixão celestial (roxo é quando o vermelho e o azul fazem amor). sendo relativamente discreta, à primeira vista, é poderosíssima, dominadora, sufocante. é cor de lingerie irresistível e verniz de unhas magnético. a próxima vez que fizer amor, vai ser nuns lençóis roxos, que o pai natal me trouxe. está decidido (bem, logo se vê).

http://www.youtube.com/watch?v=UNjkuHQGa2w


1 comentário:

  1. op´s, nem me fales do roxo. fui atacada por uma referência sáfica inocente à cor num dos comentários ao post sobre os bispos. ora aí está uma cor de que- sinceramente- nunca gostei! gosto mais do lilás, que fica, dentro das cambiantes possíveis do roxo, mais próximo do azul claro.

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