quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

anúncios



a propósito de nada mais coisa nenhuma, lembrei de estar a brincar com uma amiga, há tempos atrás. dizia ela que só lhe calhavam duques (a expressão dela foi "cinzentos"), e eu, na minha de a provocar, disse que devia procurar noutro lado (, eu estou fora...) e aquilo acabou comigo a ditar um anúncio que lhe proporcionasse um homem como ela queria (quereria).

como costume, acertei no anúncio (tenho jeito para estas coisas, que querem, é um dom, não o pedi, caiu-me de algures, só o utilizo para bem da humanidade. bem, não de toda, só dos que conheço).

pois agora dou comigo a pensar no que incluía no tal anúncio, se o fizesse para mim:

"deseja-se mulher romã (, ainda não é desta que elaboro nisto), com pés atraentes (um colega usa uma expressão deliciosa, "descontracção e elegância no pisar", ainda que noutro contexto) e amplitude gestual. necessário espírito livre, ligado à terra. e conhecimentos avançados de línguas (iap, é isso mesmo, cada um pede o que quer). dá-se, em abundância, sentido de humor, beijos e massagens, vida agitada. resposta a este blogue, ou para o telemóvel blá, blá, blá". não, não pedia fotografia.

o verdadeiro tema deste post não é o meu anúncio, no entanto.

que incluiria cada um
(a) no tal anúncio, se o fosse fazer? e principalmente, no caso do(a)s que estão acompanhado(a)s, coincide a descrição do anúncio com a descrição da companhia?

já escrevi antes (post de pré-conceitos, julgo) que o
(a) companheiro(a) ideal é uma questão cultural, tem a ver com pessoas que conhecemos para trás, que amámos, que desejámos. quanto(a)s, acompanhado(a)s, alteraram o respectivo anúncio em função da companhia actual? e em que sentido (acrescentando ou removendo do anúncio coisas que a companhia tem)?

e porra, o(a)s que não estão bem, porque não saem? e estou à vontade para falar, mesmo não tendo companhia. quando tive, fiz assim. se não serve (sirvo), oportunidade a outra.

9 comentários:

  1. Seria bem mais fácil não pedir nada, e amar o que aparece.

    Não acho que exista a pessoa ideal, existem sim ideais criados pelas pessoas e que as cegam para ver outras coisas maravilhosas que cada ser humano tem.

    o restante é adaptável, e faz-se pelo carinho e pela entrega ao outro, descobrem-se coisas novas para partilhar e damos coisas novas ao outro.

    BLERK! para os ideais que não deixam ver os maravilhosos defeitos e excelentes qualidades do ser humano.

    Gostar só porque se gosta!! SIMPLES!

    Beijo
    JB

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  2. nada contra, cariño. o assunto do post não é a pessoa ideal, apenas se a pessoa com quem se está é, ou se tornou, o nosso ideal. e tu sabes que eu gosto de defeitos...

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  3. O problema não é gostares de defeitos, mas sim seres demasiado exigente com as qualidades, achando que o teu conceito é o correcto....falo do que sei....lembro-me da paixão pelos pés...por gestos elegantes....não tivesse sido eu fada...baci joca

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  4. achar que o nosso conceito é o correcto é a definição de convicção. principalmente, se vivermos de acordo com os conceitos que temos. e ser exigente só pode ser bom, não?

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  5. Ser exigente conosco é bom, ou pode ser, mas comos outros, é melhor primeiro pensar no que sentem...digo eu...plo menos penso assim....

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  6. se este blogue outra virtude não tiver, tem a de cada um pode dizer o que pensa, livremente

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  7. O meu anuncio:

    Pretende-se gaija, magra e escultural, com botão de on-off (a funcionar).
    Se tiver resmas de guito, melhor. Se não tiver, não pode ganhar à hora no emprego, porque vai passar grande parte do tempo em off...

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  8. prontus..... homem ideal kit completo...requesita-se anuncio do autor do blog...

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  9. querido, podes fazer-me um anúncio? ando sem imaginação!requisitos básicos: gostar de falar, sem ser desbocado; nunca usar meias brancas; gostar de literatura ou aturar quem goste sem apodar de intelectualóide quem goste; ser bom na cama e fora dela; saber cozinhar; ser bom pai de filhos alheios; ter sentido de humor e uma boa dose de auto-estima sem cair em excessos; não ter nada contra comunistas; saber dar massagens e recebê-las; ter princípios que saiba flexibilizar ante a situação concreta sem se metarmofosear num junco; gostar de jazz e de dançar, tb de beber e ter uma atitude complacente com substâncias alucinogéneas; ter dedos compridos e olhos profundos. acho que já está!

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