sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

hamlet



há uma semelhança entre textos clássicos e dizeres populares: ambos ilustram verdades, sendo que existe o seu oposto para ilustrar a verdade oposta. depois, há diferenças, a maior é a amplitude do conteúdo.

hamlet é um dos mais representados textos de shakspeare e fala de algo podre no reino da dinamarca. o mau cheiro, na dinamarca, vinha da usurpação do lugar do rei escandinavo pela rainha adúltera e por um homem que devia ter sido fraternal e foi corrupto.

ao príncipe hamlet cheirou mesmo muito mal, e não descansou até conhecer a verdade (coisa de putos, teimar em não ser enganados....) e ela veio da boca do rei, seu pai, que lhe apareceu como fantasma, consciência, etéreo mas sempre pai. o príncipe passa então por uma fase de abismo, pela monstruosidade do crime, e afoga-se em sangue com todos os outros,
na vingança que exerce.

há séculos, william já sabia que retirar um pai a um filho acaba muito mal. há séculos, shakspeare escreveu da possibilidade de inocentes se perderem entre culpados. esta sempre foi a parte que mais me incomodou na história da podridão dinamarquesa.

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