mais uma variação sobre aparências, desta vez, em vez da beleza aparente, a aparente força.
quando dei formação, o primeiro trabalho que dei às turmas de 3º ano foi desenharem uma peça de mobiliário (relativo a um módulo de design industrial), materiais à escolha (penso que tinham de ser dois). muitos deles tinham o descaramento de pedir "ideias", quer acerca da peça a desenhar, quer acerca do material em que a executariam, alguns mesmo sobre o desenho dela.
a certa altura, ao falar de exemplos genéricos, mencionei mobiliário em cartão. descrédito geral foi o resultado. ao invés, tive uma aluna que desenhou uma cama em betão (coisa para o pesadote, mas engraçada. talvez útil para casais mais apaixonados.....).
acontece que cada material tem as suas características: se o cartão é frágil, tem a vantagem de ser leve, maleável, facilmente trabalhável, e com excelente racio resistência/peso (ver imagem que ilustra o post); em contrapartida, a cama de betão, se bem que resistente, poderia ser algo avessa a mudanças de cenário (you know what i mean).
agora menos acerca das aparências e mais acerca da compreensão dos materiais (extrapolar, a gosto, para compreensão de pessoas): a madeira é muito mais fácil de ser serrada no sentido dos veios e mais dura se o for na perpendicular a eles. tem dois conjuntos de características, consoante se vai no sentido certo ou errado.
extrapolando, com as pessoas passa-se algo semelhante, mais amplamente: para cada uma, é mais fácil chegar até de determinado modo do que de outro, onde pode mesmo ser impossível toca-la.
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