quinta-feira, 19 de novembro de 2009

the beautiful people



pode-se olhar para as pessoas de duas maneiras: como estigmas, encaixados no grupo em que se inserem (ou as inserem), perceptíveis pela imagem que mostram, a que se reage sempre da mesma maneira em forma de estereótipo; ou como pessoas, perceptíveis apenas depois de as penetrarmos, conhecermos, entendermos, com quem entre-agimos.

hoje tive uma discussão acerca de opções que se fazem fundamentadas em parâmetros estéticos, exclusivo, ou que se fazem porque há fundamentos pessoais, que têm de ser expressos de um modo qualquer, acerca do qual nada há contra cuidar da imagem com que são expressos.

transpondo para o trabalho, de que vale um edifício muito atraente esteticamente se não for viável economicamente, intelectualmente, culturalmente, funcionalmente, ambientalmente, construtivamente, urbanisticamente, enfim, todas as coisas que preenchem a mente.

transportando para as pessoas, de que vale uma mulher linda (ou homem) e ornada de belos ornamentos, se for burra como uma galinha, má como as cobras, gananciosa como um judeu (estigma, cá está), mentirosa como pinóquio (que era mais jovem que mal intencionado, e aprendeu)?

uma pessoa, para ser realmente bela, tem de ser muito mais pessoa que bela.

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