uma coisa que gosto, é de dar prendas. não gosto de as dar nas datas festivas, aniversários ou (principalmente) natal, é mais saboroso quando têem factor surpresa.
a parte melhor disso é a escolha delas, das prendas a dar. imaginar ao que aquela pessoa mais genuinamente reagiria, e em que sentido. se ficaria alegre, contente, se iria sorrir, rir ou gargalhar, se se sentiria confiante e compelido a fazer algo, ou qualquer outra reacção.
é um acto de manifestar conhecimento e proximidade. há uns meses atrás, uma pessoa que adoro partiu-me o coração, "não sei que te hei-de dar nos anos". aquilo deu debate comprido, amuei (oui, je boude, et alors?), mas a rapariga saiu-se bem, e cresceu em cima disso, e ainda a adoro.
pois eu hoje escolhi uma prenda excelente para o meu filhote. não foi por ser cara, nem por ele a ter pedido alguma vez. mas eu sabia como ele ia reagir, que ia perceber para que era, que ia ajudar a resolver uma das pequenas questões que ele vai tendo para resolver, day to day. sabia porque lhe estou próximo.
também dei uma ao meu mano, que fez anos. pudemos estar todos juntos, mas mesmo todos. he wouldn't want anything else (já tem o resto).
à noite, calhou falar com um amigo, "tl", que ligou ao meu irmão a dar os parabéns, e recordei uma história de há bastos anos atrás, que guardei:
numa daquelas reuniões de amigos para trocas de prendas de natal, aconteceu que um deles, teso (hang on, my friend), tinha comprado prenda apenas para, penso, duas pessoas, explicou-se por isso, e deu uma delas a alguém, que não recordo. a outra deu-a ao "tl", que é, das pessoas que conheci até hoje (sorry, anjo, por mais que goste do que desenhas), aquela cujos desenhos mais me entram, mas um preguiçoso de primeira, muito mais do que eu. a prenda era uma caixa de lápis, algo do género. custou-lhe dinheiro, e ele tinha pouco. ao dar os lápis, disse só "desenha, #+»!%&<".
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