estava à espera de um cliente, antes de uma reunião, no átrio do edifício, ela veio invisível até estar a um segundo de distância.
o tempo é a dimensão mais relativa de todas: a um segundo de distância, depois de muitos meses e alguns encantos depois.
tinha as mãos frias, como sempre, como se nunca tivessem deixado de estar frias, mesmo durante as primaveras e os verões que podíamos....
o sorriso também estava igual, frio e doce, como se nunca tivesse permitido passar palavras amargas.
-olá, há quanto tempo...- o rosto também frio, menos do que as mãos. "por onde andaste?", boas festas, conversa vazia.
há pessoas que vêm a direito e não nos tocam. há pessoas que não somos capazes de aquecer.
p. s.- por outro lado, o que eu dava por um abraço a sair de um frasco pequenito de doce de pêra e chocolate, nas mãos de uma menina de sorriso quente e tocante.
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