"o trabalho liberta" é uma frase com significado muito negro associado. não é dessa parte negra que o post trata, é dos objectivos do trabalho.
recuso começar pelo dinheiro, duvido até que chegue a essa parte.
o objectivo mais relevante do trabalho é a realização e satisfação pessoal (não é para rir). é justo afirmar que muita gente que trabalha não retira essa realização e satisfação pessoal, mas isso não invalida o que escrevi antes, apenas aponta para o facto de muita gente estar a fazer o trabalho errado ou da forma errada.
na realidade, quem quiser ser franco (e tiver o mérito de não caber na muita gente do parágrafo anterior), reconhece o que escrevi, que trabalho é fonte de prazer, satisfação e engrandecimento. mesmo que não seja todo o trabalho que fazemos (eu venho de burocracias, na câmara municipal de coimbra, tenho de reconhecer excepções), é importante que o grosso (em volume, importância ou impacto) seja satisfatório.
por exemplo, moi. eu sou arquitecto, não me vejo a conseguir deixar de o ser (mas a vida gira e gira e gira), mas acabo por ser mais coisas: dono de casa (dos bons, não riam. é vir provar o meu bacalhau à brás.....), fui formador, faço carpintaria (da má), consultadoria (de precisão), mudanças (em expansão, vou começar a cobrar para financiar viagem a new york, ver os knicks e passear na neve), aconselhamento matrimonial (e outros), passeador de cães e, pelo menos, vendedor de sonhos.
pai não incluo na lista, é tal o prazer, que extravasa.
para finalizar (fechar círculo, era onde queria chegar desde o início), fica uma das minhas mais idiotas e infalíveis teorias visando a espécie humana: gente amarga com a vida e os outros, ou não retira prazer do trabalho ou do(a) companheiro(a). e como isso se pega, provavelmente não retira prazer de lado nenhum. é idiota, mas raramente falha.
p. s.- o que mais adoro no chão da minha casa não é ser lindo de morrer, é termos sido capazes de o acabar, lindo, antes de morrermos. agora olho para ele e vale mais que o resultado final, vale o trabalho, meu e de quem transpirou comigo, alimentado a tostas de galinha e imperiais.....
E que boas eram as tostas :-p
ResponderEliminarse dizes só isso, estás a desfazer na cerveja.......
ResponderEliminarcerveza é bom em todo o lado, especial ali eram (são) as tostas.
ResponderEliminarNão me tiram da cabeça que o S caiu do letreiro, e o nome do botequim ficou «escondido».
Algum ingrediente especial eles deve meter nas tostas ;-)
concordo contigo, eles dão uma explicação manhosa, mas vê-se que é para disfarçar.
ResponderEliminareu nao chamaria trabalho ao bicho, chamaria creatividade, necessidade de ter um projecto pessoal. isso (o que tu fazes) nao e' trabalho como fazer a recolha do lixo, por exemplo (estou sem acentos no computador). eu entendo perfeitamente a tua opiniao, mas acho que ha mais a dizer sobre o tema. o trabalho pode ser escravizante, mal remunerado, mortificador, controlador, e esse trabalho nao faz bem a ninguem.
ResponderEliminaressa parte é aquela em que digo que há muita gente a fazer o trabalho errado ou da forma errada.
ResponderEliminarsei de trabalhos muito exigentes que são tremendamente recompensadores, se os fizeres na perspectiva justa. foi deles que escrevi no p. s., tornou-se justo porque foi feito na perspectiva justa, fraternal, apesar de quase monstruoso, porque a minha casa é grandita.
mas reconheço que há mais a dizer acerca do assunto, muito mais