alguns nunca viram, outros nem se lembram(avam), fraggle rock foi uma série que passou na televisão, depois dos marretas (the muppet show), ainda no tempo dos dois canais públicos e mais nada.
no resumo, o criador (jim henson, o mesmo dos marretas) fala dos fraggles e dos doozers, os primeiros viviam para cantar e os segundos eram trabalhadores afincos, e construíam estruturas que os fraggles.... bem, comiam. (henson não menciona aqui os gorgs, uns gigantes que viviam num quintal e que perseguiam os fraggles quando estes os visitavam, excepto um, tolinho, que gostava deles)).
simplismificando, os doozers trabalham e os fraggles usufruem do trabalho deles, ring any bell? (vou deixar os gorgs fora: poderia relaciona-los com as grandes multinacionais, mas era falso e forçado, porque estas dominam e os gigantes só se atrapalhavam e nunca tinham o que queriam).
mais recentemente que a emissão dos fraggles, há coisa de um ano atrás, o país ainda concordava por maioria absoluta que o maior problema nacional era a produtividade. hoje não há consenso acerca disto, porque se começou a particularizar, apontando dedos a sectores (do estado) pouco produtivos, a falar em reduzir direitos, remunerações e complementos, em avaliações, em, pasme-se, não dar por garantido progressão na carreira só porque se lá está há "x" ou "y" anos.
alvo fácil, por estes dias, é a justiça e o sindicato dos magistrados (porque se põem a jeito). seria fácil reconhecer-lhes a razão nas reclamações se a justiça fosse justa; seria fácil reconhecer que as propostas do orçamento para o sector revelam perseguição política se houvesse realmente políticos condenados por corrupção (há o isaltino, de excepção, e adianta muito); seria fácil aceitar que tivessem privilégios (eu aceitaria facilmente) se eles resultassem em celeridade e eficácia (características que se aplicam mais aos avançados do sporting que aos tribunais). não havendo nada disto (há excepções, e são bem boas, mas a regra, mademoiselle, a regra....), é difícil.
seria também fácil de aceitar os seus argumentos se algum (já me basta um) mandasse o estado à fava, mais as suas regalias reduzidas, e viesse para o sector privado. mas curiosamente, o fluxo é inverso, e quanto mais se ouvem queixas das condições públicas, mas profissionais ambicionam essas condições. é o direito ao contraditório, suponho.
claro que os juristas privados (leiam advogados) não estarão melhor vistos, existem mesmo mais anedotas deles que de alentejanos e quase tantas como de loiras, mas não só há também excepções (a minha advogada é uma boa, e ainda em cima, o raio da cachopa é uma tara), como nunca se ouviu nenhum reclamar de má remuneração: pudera, cada um ganha conforme o trabalho que, realmente, produz (ou convence o cliente que produziu, o que é outro assunto).
isto aplica-se a todos os outros sectores, mas encontrei este vídeo, e como já ando com ganas de escrever do sindicato dos magistrados há um tempo, saiu-me.
doozers têm gosto no trabalho que fazem, são felizes por o fazerem e não se incomodam que os fraggles lho comam. seria diferente se os fraggles comessem a ritmo vertiginosamente acelerado o que os doozers constroem....
let's do what doozers do, singing with a smile.
Ui, amigo...Não tens medo das retaliações? eheheh E não será este teu post uma retaliação por algo que te fizeram ou deixaram de fazer? É claro que a redução salarial se aplica a todos aqueles que auferem vencimentos pagos pelo estado e com as mesmas taxas que são aplicadas aos senhores magistrados, mas isso é só um pormenor...;-)
ResponderEliminaraqui é portas abertas e, de qualquer modo, nenhum magistrado que me tenha desagradado lerá isto.
ResponderEliminarpara eventuais retaliações, é ligar e marcar hora, combina-se qualquer coisita....