..... de certeza, onde quer que esteja.
hoje foi um dia triste, notícia má, daquelas que revelam tantas queixas dramatizadas serem realmente imbecis.
as pessoas queixam-se de males de amor, de incompreensão profissional, de incompetência geral, de falta de tempo e dinheiro para o que querem fazer, do tempo e do espaço. queixam-se de quaisquer coisas que lhes empecilhe a vida, muito ou pouco, sem nunca olharem para o coeficiente de responsabilidade que têm nessas coisas. e quanto menos a coisa empecilhar, mais dramatizada é.
e quando se perde alguém que se ama? e quando alguém que se ama nos falha, vivo? e quando alguém que se ama está longe tempo demais, por mesquindad doutrem?
nessa altura percebe-se que o colega ser imbecil não importa, que o clube não ganhar importa muito pouco, que se chove há duas semanas sem parar importa nada e que não se devia ter dado importância de chorar por algo que se deitou porta fora.
e porque raio parece estas coisas só acontecem a gente boa, e sã, e generosa?
e que podem essas pessoas sãs (e as outras, claro) fazer quando algo assim acontece? deixar de acreditar que o mundo tem lógica? como se explica a um filho que o mundo lhe foi injusto? como adormecemos num mundo que nos foi injusto? como sonhamos nele, e para que ele seja melhor?
confesso que nestas alturas me apazigua a ideia de que fazemos parte de um todo espiritual, que todos estamos ligados e fluímos agregados, que não basta alguém morrer para nos deixar, porque as almas, força de se amarem, não se afastam.
talvez se possa explicar assim a um filho a injustiça que ele sente. talvez se possa assim serenar a que sentimos. talvez não, mas se não assim, não sei mesmo como.
Sem comentários:
Enviar um comentário