há duas maneiras de olhar para o mundo, uma limpa e uma suja.
a limpa é estar-se nas tintas que o sporting leve uma abada por semana (ou duas, nas semanas más), que os clientes, por mais deliciosos que sejam, demorem a pagar, que um fulano se apaixone sempre por quem não deve, que a ex-mulher lhe faça (e ao filho) a vida negra por inseguranças pessoais, que os amigos ao redor andem sempre assoberbados na vida deles, e simplesmente apreciar quando um dos clubes ganha a alguém (não se pode ser esquisito nisto, qualquer um serve), ou quando um cliente percebe uma ideia e a valoriza e sonha connosco, que um encanto lhe devolva um beijo, mesmo sem nunca o provar nos lábios, que o filhote também ande feliz e a cantar quando está perto do pai e dos seus, que os amigos, mesmo de longe, tenham abraços que se provam de verdade e que, faça chuva ou sol, faça frio ou calor, haja luz ou sombra, um fulano olhe para o mundo e espalhe sonhos, ou alegria, ou risos, ou ideias, ou beijos, ou outra coisa qualquer que torne o mundo um pedaço melhor para os outros.
a suja é olhar para o mundo e ver o que de mal se lhe pode acrescentar, porque não se tem nada de bom para semear e deve custar ficar a olhar para a vidita que se escolheu.
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