há sítios, pessoas, ideias, músicas, (e medos, remorsos, dúvias) a que voltamos ciclicamente.
um dos meus, seguramente o mais seguro, é lhasa de sela.
em alturas em que faz falta lembrar porquê, e se vale a pena, é como mergulhar num mar de vida e sair a escorrer e a sorrir, com a certeza de que sim, que vale a pena, e porque é que vale a pena.
quando meu miúdo era bebé, eu adormecia-o com histórias que inventava, ou cantava-lhe los peces. uma tarde ouviu o disco, e ficou com uma cara tão divertida, a pensar quem era aquela fulana que cantava a música dele, de maneira diferente do que o pai cantava.
tive a alegria de a ouvir ao vivo, em coimbra, porque alguém que me ama me comprou um bilhete à última hora. tudo que vem dela tem amor, nas várias formas (incluindo as dolorosas).
há seres mesmo humanos, e só deus tem os que mais gosta.
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