eleições para presidente, primeira volta (e esperemos seja a única, porque o país parece não conseguir pagar uma segunda. pensando bem, nem devíamos fazer eleições, poupávamos uns trocos).
pensando melhor, não, é melhor fazer a campanha. não para saber se o cavaco se elege numa rapidinha ou se o alegre disputa uma segunda, mas não há grandes diferenças (apesar de haver algumas, com alguma importância). não há diferença porque a atitude de ambos perante o cargo é semelhante, ambos se propõem coordenar o país, no seu curso actual.
eu acho que deveríamos eleger um idiota, zé manel coelho. há quem diga que se está a aproveitar os direitos de campanha (dispendiosos, que o país mal suporta), quem diga que está a lançar-se para as regionais da madeira, quem diga que é tudo galhofa e brincadeira sem substância, quem diga que a atitude que ele trás seria ruinosa, se implementada, quem garanta que um idiota de tal calibre não seria capaz de governar.
eu discordo (excepto na parte de ele se estar a aproveitar para outras campanhas e de ser capaz de governar, aqui não por ser idiota (o que o qualifica em absoluto para a eleição), mas por ser parvo, que já é uma desvalia grande).
estando ele a aproveitar-se e a usar o dinheiro público para proveito próprio (o que a lei permite e é enaltecido pelo povo, moi excluído), sendo um palhaço por natureza aprimorada (o que o povo aprecia, moi incluído), a verdade é que qualquer fulano(a) que apareça agora a dizer que a gestão do país (a qualquer nível e em qualquer cargo) tem de mudar de perspectiva, de uma submissão a interesses (ilegítimos) económicos que não são "nossos" (não por serem estrangeiros, mas por serem de quem nos explora, quero lá saber do país) para uma valorização de interesses nossos (os pobres, o povo, moi incluido).
quem afirma que esta perspectiva é inútil e infrutífera, veja lula. a democracia foi implementada não para sancionar a usurpação de poder, mas para dar poder às maiorias, que são, curiosamente, as mais desfavorecidas. como podem as maiorias, sendo maiores, ser sempre as mais desfavorecidas: julgando que precisam de alguém de uma minoria, superior, elitista, para os governar.
se o país for governado por um(a) idiota que organize a economia no sentido de favorecer investimento para criação de postos de trabalho, diminuir desemprego (e respectivo volume de subsídios), relacionar subsídios com produção, criar legislação anti-corrupção (para tal, tem de ser eleito sem intenção de ser corrompido(a)), e se estiver a cagar para o fmi e a merkel (que eu, pessoalmente, adoro, a vários níveis. o fmi não), os bancos e as seguradoras e as multinacionais, bem, bem vindo idiota.
tenho um cliente e amigo que diz que o melhor é ganhar o cavaco, porque é um economista, e o país está mal de economias. mas, tal como o sporting, o país está mal de economias sendo governado (e abusado) por economistas. é nas eleições que se determina o futuro do país (e do clube, isto é absolutamente extensivo ao sporting): pelo voto do povo. curiosamente, o povo é quem se f*de sempre. olhando bem, sendo nós que escolhemos, é uma espécie de masturbação, algo self inflicted, dancing with ourselves.... masoquismo, mas sem a parte da piada.
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