terça-feira, 13 de julho de 2010

olhos no horizonte



o que faz uma pessoa ficar, e o que a faz mudar-se?

tive vários debates, com várias pessoas, que afirmavam que o mal que tinham na vida era, grande parte, fruto do local onde viviam. a mim nunca pareceu que fosse, mas a verdade é que ando há que tempos com vontade de mudar, não porque a vida minha precise disso, mas porque já fiz tudo que tinha para fazer onde estou.

perceber que algo acabou é uma arte, não o estragar (se foi bom) com prolongamentos menores, não o lastimar porque se percebeu o final, não procurar refazer o que se fez antes. é uma arte olhar para algo (ou alguém) que se amou e perceber que o sentimento é outro (se for para com uma pessoa, carece luto, sempre; para com outras coisas, não necessariamente).

gente que escreve melhor do que eu escreveu-o melhor, há frases e citações acerca de novos começos em lugar de fins. eu vejo a coisa em fases, temporadas, períodos (picassianos, por exemplo). been there, done that, gone out.

nunca se sabe se o que vamos ser ou fazer a seguir é melhor ou pior do que o que fizemos antes, mas para sermos tudo que podemos ser, é suposto fazermos tudo que podemos fazer. inclusive em todos os locais onde podemos fazer o que temos de fazer para sermos inteiros.

4 comentários:

  1. adoro a fotografia! foste tu que tiraste?

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  2. pois podia, é tudo uma questão de tempo e local.
    neste caso, agrada-me pensar que no tempo em que tiraram a fotografia, eu estava noutro local a fazer algo melhor....

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