domingo, 31 de março de 2019

a favorita















vou ver a minha tia favorita, deixar carinho e trazer mais do que deixo, levar boas e menos boas novas, saber as dela, matar saudades. resumido,vou pelo carinho da minha tia lena, que é (e mesmo que não fosse a única, seria) a minha tia favorita.

quando sair, agora, vou passar no meu café favorito do bairro, que é "a favorita". depois de virmos para lisboa, passei mais de um ano à porta deles sem entrar, até que um dia, se me recordo bem, entrámos para um café rápido, e o café era (é) tão bom que tenho voltado quase todos os dias, since.

não é um sítio chique, não vê modernizações desde muitos anos antes de eu lá entrar pela primeira vez, e há algumas horas em que evito ir (os debates do futebol pós almoço). mas de manhã está a vizinhança, as pessoas que vêm trabalhar e vão pelo café antes do trabalho, e o sr joão e a paula, que são uma satisfação. à tarde está o sr zé, que tira o café ainda melhor.

é um sítio onde, se não aparece alguém mais de x dias seguidos, perguntam se está bem, e se não houver a quem perguntar, vão tocar à campainha, porque somos todos uma espécie de família cafeícula.

habitués melhores que outros, clientela variada mais ou menos fixa, que forma cenários visuais, auditivos (demais) e até odoríficos muito ricos, que são os meus. não por posse registável mas por posse conhecida, de proximidade e afectos ou desafectos, que é a única posse rica que há.

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