tenho ido almoçar a casa de um cliente (com evidente prejuízo para a linha) quase todos os dias, esta semana. lá, calha ligar-se a televisão para ver o noticiário da uma, e ontem calhou ser na sic.
antes das notícias, estava a dar o "querida júlia". para quem não segue televisão a esta hora, é um programa apresentado pela querida júlia pinheiro (que eu tenho ideia de em tempos muito remotos ter tido pretensão de ser jornalista, mas pode ser a minha memória fraca a trair-me outra vez). hoje, a júlia apresenta programas (no plural, porque também apresenta um acerca de pessoas gordas que tentam perder peso, numa competição que passa na tv (sim, porque cada um faz o que quer com a respectiva gordura excessiva), espectáculo muito dramático).
no "querida júlia" só apanhei o final (não sei se o programa é todo assim ou foi sorte), ela fala de assaltos, acidentes e outras desgraças, mas com classe, nada como o albarran "o horror, a tragédia....". com um toque de moral, ela faz uma cara de quem não acredita no mal que as pessoas se fazem, no mal que o mundo está, e suponho que transmita a quem vê, esperança....
não, não é esperanças que ela transmite, é o mesmo horror e a mesma tragédia, noutro tom. suponho mesmo que ela pense que as pessoas são estúpidas de ver aquilo. não, também não pensa, ela deve saber, mais a produção e os analistas de audiências.
o shocolari dizia, "e o burro sou eu?". ele sabia quem era(m), e a querida júlia sabe quem são.
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